
Este ano concorreram 3 grandes partidos. A Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique) liderada por Armando Guebuza (actual presidente); A Renamo (Resistência Nacional Moçambicana) liderada por Afonso Macacho Marceta Dhlakama (pronuncia-se aproximadamente como Djacama) e finalmente o MDM (Movimento Democrático de Moçambique) que tem como cabeça de lista Daviz Simango. Todos eles disputam a presidência do país.


Dos outros dois candidatos soube-se muito pouco. De vez em vez ouvia-se no telejornal nacional algumas coisas, outras vezes quando queríamos ouvir declarações de um ou de outro candidato o telejornal ficava sem som… enfim… lembramos as histórias que o meu pai contava no tempo da outra senhora… Mas não… Aqui é diferente…
Basicamente são eleições que vão muito além daquelas que assisti em Portugal. Aqui elegeu-se para tudo ou quase tudo, apenas não houve eleição para o Governo.
Fala-se muito do que pode vir, em quem se vota, apesar do voto ser secreto. Há pessoas que gostavam de ver a mudança, outros temem a mudança e outros pensam que não há mudança possível por haver só um candidato.
Os resultados devem sair ainda hoje. No entanto, resultados oficiais só para Dezembro, e os novos governantes tomam posse em Janeiro. Tudo a seu tempo e calma.
Além de tudo isto, queria deixar escrito, algo que me intrigou bastante. Os votantes não escolhem apenas os candidatos. São “convidados” a meter o dedo num frasco com uma tinta que só sai da pele apenas ao fim de 3-4 dias… é complicado… ficar com duas falanges e uma unha como se tivesse levado um banho de tintura de iodo. Isto serve para quê? Dizem que é para Não votarem duas vezes e disto podem tirar as vossas ilações…é que eu, nos dias seguintes a este sei quem votou e quem não...

Este é o dedo da colaboradora de sala de aula da Ana, após muito ter esfregado e passado 2 dias de ter votado.
ESTAMOS JUNTOS por um país livre e mais justo