terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Dia 4 - O culminar de muita coisa

Mais uma vez, acordei cedo.
Tinha que tomar o pequeno almoço e esperar por uma colega que enquanto aqui estiver não se importa de me dar boleia.

Lá vim para a escola e para junto dos meus mais recentes alunos.

O dia hoje foi muito complicado, ao contrário dos outros. Para além de andar todo rebentado do sistema digestivo (será do mephaquin?) as saudades, constantes de quem quero bem, deixaram-me muitas vezes sem fala... a um pequeno ponto de soltar uma(s) lágrima(s). Sempre que alguma colega falava, a conversa era remetida para a minha querida... foi tão complicada esta manhã!

Felizmente, tive forças para me abstrair (como se isso fosse possivel) da distância que nos separa. Senti tanto a tua falta, hoje, especialmente. Tanto que não imaginas! E ao ouvir a tua voz, uma calma de espirito trouxe-me a paz que tanto desejei toda a manhã.

As aulas correram bem, estou a gostar, particularmente, de dar aulas a uma variedade cultural tão heterogenea. Os colegas têm-me feito sentir muito bem, sempre muito sorridentes, alegres e amigos. Na ausência de quem ficou longe, eles mostram-me a cada instante que não estou sozinho. Hoje tirámos uma foto de turma, se conseguir obter isso, depois mostro.

O tempo das aulas terminou, é hora de voltar. Vim rápido para o hotel, pois as saudades continuavam doidas e eu precisava de sentir a força e toda a calma vinda desse país que deixei e ficou mais longe do que algum dia pude imaginar. Lá conversámos 1 hora diminuindo a distância que nos separa, que, hoje, me tem feito tanta pressão no coração. O tempo vai passar a correr e em breve estaremos juntos, sei e sinto isso.

Ao contrário de todos os outros dias a tarde foi sinceramente melhor que a manhã. Tive na companhia de dois colegas, o Ricardo e a Sara. Impecáveis, fomos dar uma volta pela cidade. De carro, vimos o que eles acharam que "era o essencial, o mais bonito". Ao longe vi a Catembe, situada no outro lado da baía de Maputo. Vi tambem as ilhas de I'Nhaca e a Ilha dos Portugueses. Vi a imensidão do Mar que banha toda esta baía, bem como algo do melhor e do pior que a cidade pode mostrar, que eu até aqui desconhecia. A pobreza em certas zonas, contranstantes com casas luxuosas, caras e com uma localização digna do tempo colonial... pelos vistos há hábitos que nunca mudam!

Voltei para o hotel, onde não tardou em ser contactado para ir beber um copo com outras colegas. Vou-me preparar e vestir para mais tarde vos continuar a escrever estas minhas crónicas.

Fomos à Costa do Sol, adorei simplesmente, a companhia e o final de tarde. Bebi um sumo natural de ananás.

De regresso à cidade, ligaram-me para ir jantar, aceitei, claro! Só depois me apercebi que era um convite para ir a uma pizzaria. Enfim... fiquei logo esmorecido, mas rapidamente me disseram que tinha também pastas e outras coisas.

Tanto na pizzaria como na Costa do Sol optei sempre por escolhas iguais às dos meus colegas, numa cidade nova, com muita coisa nova, se me armasse em esperto podia-me sair o tiro pela culatra.

Optei por um penne com fungi. Estava bom! A refeição não foi cara, embora não me possa recorrer destes serviços enquanto não morar perto ou dispor de um carro.

Depois do repasto, lá fui rapidamente para o hotel, para poder matar mais algumas saudades. As companhias desta tarde foram 5 estrelas, adorei a tarde! Mesmo! Sem nunca me esquecer daquela pessoa especial, passei bons momentos ao fim da tarde.

O relógio marca 22 e 15, são horas de dormir!

Que o dia se repita tirando a má disposição e as saudades que agora parecem mais calmas, resultado de uma video chamada para Portugal de 1 hora... tornando as saudades um pouco mais tranquilas.

Até amanhã
Estamos juntos

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